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O complexo de mineração criado pela CVRD em Itabira (MG) é exemplar dos processos urbanos deflagrados pela implantação de grandes empresas em áreas desprovidas de infra-estrutura. A CVRD é o mais importante agente reorganizador do espaço urbano da cidade, moldado em função da mineração. Bairros e equipamentos são construídos ou desaparecem, na medida em que obras são necessárias para a expansão da produção.
O sítio urbano de Itabira está diretamente colado às minas, limitado pelas jazidas, depósitos e barragens de contenção de rejeito, imensas áreas assoreadas que ocupam vales, solos agriculturáveis e áreas urbanas. Diversos bairros residenciais localizam-se dentro do perímetro da área de mineração. Os ramais ferroviários que servem às minas cortam a cidade em várias direções, desorganizando por completo o tecido urbano.
A CVRD e a Prefeitura estabeleceram acordos de proteção ambiental e acertaram a transferência da linha férrea para fora do perímetro urbano. Na área remanescente será construída uma avenida interligando vários bairros, o que permitirá juntar as metades da cidade. A reconfiguração do traçado da EFVM, já empreendida em outros trechos da ferrovia, vai implicar em importante reestruturação do espaço urbano de Itabira.
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