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Corporações internacionais, como o grupo siderúrgico europeu Arcelor, passam a ter papel importante na configuração de setores da cadeia produtiva. Grandes siderúrgicas chinesas, como a Baosteel, convertem o país no maior comprador de minério de ferro do Brasil, substituindo o Japão, e planejam a instalação aqui de usinas siderúrgicas.
Os investimentos externos para garantir o fornecimento de matéria prima deixam de ser uma questão geopolítica, administrada pelo Estado, para serem parte da estratégia das empresas, que buscam integrar fornecedores e mercados a suas redes de produção. Em vez de acordos comerciais para viabilizar a produção massiva de minério, a implantação de infra-estrutura e a transferência de tecnologia siderúrgica, têm-se alianças estratégicas entre empresas, de diferentes países, visando o fornecimento de insumos, a ampliação de suas bases de produção e a conquista de mercados.
Trata-se de uma outra arquitetura da inserção global. A região deixa de ser um bloco fechado, passando a funcionar de modo interdependente, parte da rede global de produção, uma plataforma de produção e exportação de corporações nacionais e multinacionais. Um campo de forças dinâmico, de configuração variável.
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