MG/ES


apresentaÇÃo
territÓrio
mapas
fotos
pesquisa
diagramas
textos
participantes
Atividades
Apoio
crÉditos
 
 
 
Propostas/
Projetos

 

O território abarcado por MG/ES é constituído por grandes complexos de mineração, siderurgia e celulose e pela infraestrutura que os interliga a outros pólos industriais e agrícolas e aos portos. Esse dispostivo territorial engendra diferentes sistemas urbanos. A mineração conflita com cidades antigas ou, mais recentemente, integra-se em áreas de expansão urbana. As usinas siderúrgicas criaram cidades planejadas, enquanto que as empresas de reflorestamento para celulose articulam os núcleos urbanos existentes através de sistemas de transporte. A relações dessas operações com o território são caracterizadas pelo impacto massivo em situações locais. No litoral do Espírito Santo, ocorre uma grande ampliação do sistema portuário. As capitais regionais, Belo Horizonte e Vitória, são expandidas e reconfiguradas pela modernização da infra-estrutura de transporte.



Com a privatização e a internacionalização, esse sistema produtivo e territorial passaria por grandes transformações. O dispositivo mina - ferrovia - porto é convertido numa rede mais complexa e dinâmica. A flexibilização, as m udanças tecnológicas e a logística redefinem processos produtivos e reconfiguram a geografia do território.

Trata-se de um novo modo de espacialização: estabelece um outro tipo de territorialidade, que intersecciona com espaços distantes, situados fora do sistema. A globalização estabelece um projeto infraestrutural, visando a montagem de possibilidade máxima coletada de qualquer ponto, retirada de todo contexto. Concentração é o motor da organização do espaço. Relativização das distâncias, aproximação de situações afastadas e abandono de outras, próximas. Articulação intensiva de todos os elementos produtivos, otimizando ao máximo seu poder operatório. É o dispositivo territorial global.

Mas essa reorganização produtiva e espacial faz surgir novas configurações, flexíveis e mutantes. Topografias complexas, em que condições locais articulam-se com o espaço globalizado, produzindo zonas liminares, intervalos, novos territórios. A flexibilização da produção e da infra-estrutura, os sistemas logísticos e intermodais, possibilitam a constituição de novos centros de gestão dos serviços e fluxos, atribuindo um novo papel às cidades. As dinâmicas instauradas pelas grandes operações corporativas podem ser um contraponto à verticalização da cadeia produtiva, potencializando a irrigação do território com novas atividades.

arte/cidade