Catálogo


Impresso

MAX WEBER E MICHEL FOUCAULT

paralelas e intersecções

Fabiana A. A. Jardim (org.)
Ana Lúcia Teixeira (org.)
Osvaldo Javier López-Ruiz (org.)
Maria Helena Oliva-Augusto (org.)

A atualidade de Max Weber e Michel Foucault reside no fato de que, de diferentes maneiras, continuamos imersos na mesma temporalidade moderna que ambos interrogaram sem descanso, e os autores reunidos neste livro se sentem ligados a certos gestos metodológicos e à atitude crítica assumidos por ambos. Tendo em vista as complexidades do momento histórico, parecem-nos oportunos os trabalhos aqui reunidos, como modesta contribuição ao esforço mais coletivo de nos liberarmos dessas experiências nas quais nos constituímos como sujeitos e inventarmos novas formas de governo e novos modos de conduzirmos a nós e a nossas vidas, pelo agonismo da história afora.


E-book

MÍDIAS SOCIAIS NO BRASIL EMERGENTE

Juliano Spyer

Mesmo tendo menor escolaridade e menos dinheiro, os brasileiros das classes populares ajudaram a pagar por sua inclusão digital. Quando os brasileiros de baixa renda começaram a acessar redes sociais, pessoas de alto poder aquisitivo ridicularizaram o conhecimento tecnológico limitado, o gosto diferente e a baixa escolaridade desses usuários mais pobres, mas isso não os intimidou, e eles continuaram a expandir sua presença nos serviços on-line. Jovens criaram perfis para parentes mais velhos, quase analfabetos, e os ensinaram a navegar em plataformas como Facebook e WhatsApp.
Juliano Spyer procura entender por que brasileiros de baixa renda investiram tanto tempo e dinheiro para incorporar o uso das mídias sociais a seu cotidiano. Explora essa questão por uma variedade de temas, incluindo educação, relacionamentos, trabalho e política e argumenta que o uso das mídias sociais reflete valores e motivações contraditórias. Brasileiros de baixa renda abraçam as mídias sociais para exibir sua crescente escolaridade e mobilidade social, mas a mesma tecnologia também fortalece redes de apoio mútuo tradicionais que rejeitam atitudes individualistas.


Impresso

PALAVRAS QUE DANÇAM À BEIRA DE UM ABISMO

Mulher na dramaturgia de Hilda Hilst

Marina Costin Fuser

Palavras que dançam à beira do abismo – Mulher na dramaturgia de Hilda Hilst lança luz sobre um teatro escrito à sombra da ditadura brasileira. A dramaturgia de Hilda Hilst é um grito de protesto diante das arbitrariedades perpetradas pelos algozes do regime. Em meio aos escombros da barbárie humana, resplandece a donzela guerreira. No livro, são mapeadas as trajetórias de mulheres que buscaram caminhos de transcendência. Seu lirismo remete a possibilidades, movimentos e viradas de jogo. A mulher em Hilst não se encerra em definições fechadas; ela se desdobra tal como um leque, feito de múltiplas camadas. Hilst vislumbra o transitório, no calor dos processos metamórficos que atravessam suas personagens. Sua dramaturgia é feita de alegorias, que se entrelaçam em uma tessitura delicada, na qual poesia e teatro se encontram.


E-book gratuito

SÃO PAULO: ESCRITA-IMAGEM EM ATRAVESSAMENTO ESTÉTICO-POLÍTICO

São Paulo: The writing-image across aesthetic-political boundaries

Ana Claudia de Oliveira (ed.)
Maria Aparecida Junqueira (ed.)

O e-book busca apreender a inscrição da “cidade periférica” – Grajaú – na cidade de São Paulo, em particular nas suas territorialidades centrais, assim como nas extensas vias de transporte que cruzam esta megalópole. A partir de manifestações estéticas parietais (pixo, pichação, mural, grafite, palavra-imagem, entre tantas mais), artistas intervencionistas urbanos ressignificam centro e periferia, marcando posição e assinatura de territorialidades excluídas, e a construção de uma voz sócio-político-artístico-cultural que quer ser ouvida e se mostrar presente. São esses atravessamentos urbanos que o livro estuda, expressos nas transformações de sentido que a cidade incorpora e pauta à reflexão.


Impresso

TERROR E TRAUMA NA LITERATURA

Do 11 de setembro às marcas na alma

João Paulo Vani (ed.)

O processo de construção do texto de João Paulo Vani revela sua forma pragmática de trabalhar. Diante de uma catástrofe que atingiu drasticamente o curso da História, João Paulo enfrentou a tarefa de analisar uma obra do nível de complexidade de Extremely Loud & Incredibly Close (2005) para investigar os sentimentos mais profundos de pessoas afetadas pela tragédia ocorrida em 11 de setembro de 2001: viajou a Nova York com o objetivo de viver um 11 de setembro no local em que o World Trade Center existiu de modo glorioso.
Naquela ocasião, o silêncio total de parentes e amigos das vítimas ao redor do chamado Ground Zero fez João Paulo sentir-se diante de um universo no qual a sensação de impotência preponderava. As pessoas não falavam, apenas choravam. Cada rosto estampava uma série de questionamentos: quais os motivos dos ataques? Como entender uma ação que causou a morte de tantos inocentes?
O romance de Foer aliado à experiência do 11 de setembro em Nova York mostrou a João Paulo que sua tarefa tinha sentido. Ora, a compreensão do Outro era muito necessária, e ele estava disposto a trabalhar para seu texto produzir esse efeito de conscientização do qual o leitor poderá desfrutar na páginas desta obra.


Impresso

A FORÇA DA MENTIRA

A grande farsa de Os Protocolos dos Sábios de Sião

Hadassa Bem-Itto (trad.)
Miriam Sanger (trad.)

Hadassa Ben-Itto demonstrou não apenas seu total domínio sobre o tema de Os Protocolos, como também sua habilidade em contar uma história envolvente. Apesar da narrativa basear-se nos registros dos julgamentos que deveriam ter classificado Os Protocolos como uma farsa, não há nada de monótono em seu texto. Ao contrário, ela trouxe à vida os procedimentos judiciais. Você será transportado à corte na qual o julgamento foi conduzido e se sentirá testemunhando naquele que talvez seja um dos mais fascinantes julgamentos já realizados. O fato de que esse embuste se mantenha vivo ainda nos dias de hoje não diminui a conquista de Hadassa. Ela não pode evitar sua republicação, mas faz com que essa mentira seja cada vez mais reconhecida como a farsa que é. Ela merece nossos aplausos.


Impresso

CÍLIA COELHO PEREIRA LEITE (MADRE OLÍVIA)

Exemplo e modelo

Dieli Vesaro Palma
Neusa Barbosa Bastos

Madre Olívia nasceu em 5 de janeiro em 1913 e faleceu em 2 de julho de 1994. Em 1941, completou seu curso de graduação, cursado no Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae. Em 1956, na Europa, ela iniciou sua tese de cátedra, que foi defendida em 1962, quando se doutorou em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sua visão estava além dos cânones pretendidos para a o século XX. Seu espírito era de olhar para a frente, avançar nas pesquisas, mergulhar nos novos tempos e ir além. Em razão disso, é possível ver, ainda hoje, conexões de suas ideias com os estudos linguísticos atuais.