Seminário na PUC-SP sobre a narrativa contemporânea reúne autores e críticos

Os interessados ainda podem assistir aos debates realizados durante o evento em links disponíveis no YouTube

 

O seminário “O narrador e a narrativa na contemporaneidade”, realizado pelo Grupo de Pesquisa O narrador e as fronteiras do relato (PUC-SP/CNPq), no último dia 30 de novembro, foi composto por três mesas de discussão sobre os temas do testemunho, da autoficção e da performance, referenciados na produção literária contemporânea. Com a presença dos autores Marcelo Rubens Paiva, João Carrascoza, Lourenço Mutarelli e Ricardo Azevedo e dos pesquisadores, professores e críticos literários Márcio Seligmann-Silva (UNICAMP), Diana Klinger (UFF) e Frederico Fernandes (UEL), o evento foi acompanhado por um grande e atento público.

“O seminário nasceu da reflexão sobre a narrativa nos mais variados formatos e na sua confluência com outros gêneros literários. Nos interessa esse lugar de fronteiras e limiares, tanto nas novas chaves do testemunho, como nas escritas do eu e do narrador em performance”, observa a líder do Grupo de Pesquisa, professora Maria Rosa Duarte de Oliveira. Ela assinalou a importância da contínua pesquisa sobre ferramentas teóricas para subsidiar o campo da crítica e destacou a importância do evento para apresentar o trabalho do Grupo de Pesquisa e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP ao público.

O professor Márcio Seligmann-Silva, que falou sobre Ainda estou aqui (2015), de Marcelo Rubens Paiva, pontuou que a trama revela a luta contra os esquecimentos, diante da “memória devorada e da fratura da violência institucional e simbólica”. Para o autor, a ficção tem o poder de trazer o real e esse livro é uma tentativa de “repaginar a história de maneira crítica”.

Na mesa que tratou das escritas do eu, Diana Klinger pontuou que “a construção da subjetividade é sempre relacional” e a literatura que afirma a primeira pessoa no texto literário dialoga de forma crítica com a sociedade do espetáculo. O autor de Aos 7 e aos 40 (2013), João Anzanello Carrascoza, afirmou acreditar que “a literatura é uma rede de afetos”.

No entendimento do professor Frederico Fernandes, “a narrativa opera enquanto corpo, chamando o leitor para o conflito”. E a discussão sobre a performance na literatura, com os autores Lourenço Mutarelli e Ricardo Azevedo, abordou sua relação com a experiência, a memória e as linguagens nos processos criativos.

O evento contou com transmissão ao vivo pela TV PUC-SP e é possível acessar o seminário pelos links:

Mesa 1: CLIQUE AQUI

Mesa 2: CLIQUE AQUI

Mesa 3: CLIQUE AQUI

 

 

 

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