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Você sabia que o professor é o profissional que apresenta mais problema de voz?

Mariana Pelegrini Biserra e Léslie Piccolotto Ferreira

 Profissionais da voz são aqueles que têm a voz como seu instrumento de trabalho e em situação de rouquidão ou afonia (perda da voz) tem muita dificuldade para exercerem suas tarefas. Desses profissionais, o professor constitui a classe com maior prevalência de problemas de voz.

Alguns fatores podem ajudar a explicar esse dado: os educadores são a categoria profissional em maior número e exposta a diferentes riscos, tais como uso intenso da voz; esforço vocal propiciado pela competição com o ruído das escolas; presença de fatores alérgicos; jornada prolongada; sobrecarga, acúmulo de atividades ou de funções; ausência de pausas e de locais de descanso durante a jornada; falta de autonomia, entre outros. Quadros alérgico, refluxo laringofaríngeo, envelhecimento, consumo de álcool ou tabaco, falta de hidratação também podem ser fatores prejudiciais. Sem desconsiderar os aspectos subjetivos que tornam a forma de afetar-se à doença um processo singular.

Apesar de limitarem ou até mesmo impedirem o trabalho do profissional da voz, legalmente os distúrbios vocais não são considerados doenças ocupacionais. Esse fator implica na não formalização de ações de promoção, prevenção e de tratamento efetivo para esse quadro. Contudo, a Fonoaudiologia e outros profissionais que se preocupam com a causa, não estão parados, não! Promoveram um movimento importante e construíram um documento que foi elaborado em reuniões junto ao Ministério da Saúde para o reconhecimento da associação do distúrbio vocal ao trabalho. 

Enquanto essa regulamentação está em processo, vamos continuar cuidando da voz. Não deixe de verificar se em seu município há algum programa de saúde vocal direcionado aos educadores da rede pública e solicite orientações.

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