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Prêmio Jabuti - 2008

A força do riso, a vis cômica que percorre o Tempo Perdido, constitui o tema desta inovadora análise empreendida por Leda Tenório da Motta. O aspecto importante e recorrente do humor proustiano, até aqui submerso, é recuperado nas dimensões originais que lhe foram atribuídas, o que traz uma nova luz ao entendimento da obra.

Para um escritor que observou e descreveu a totalidade da vida em suas delicadas nervuras psíquicas e em suas representações sociais mais espetaculares, revolucionando com isso o próprio gênero do romance, seria de fato estranho se também não tivesse lançado mão desta outra face e contrapartida necessária à sensibilidade humana que é o riso, a ironia, a crítica social ou os jeux d?esprit. Cabe lembrar que a história do humor, em França, deita raízes não apenas numa longa tradição literária, desde Rabelais, como também nas habituais e impiedosas farpas das conversações cortesãs. Baudelaire as revitalizou em seu clássico ensaio Da Essência do Riso. No caso de Proust, acrescente-se ainda o chiste freudiano que talvez tenha vindo à tona do fundo de uma subconsciência ancestral, a do tratamento judaico do cômico.

Como resultado, a crítica da obra proustiana ganha uma interpretação inédita e apurada, valorizando esta edição da coleção Estudos da editora Perspectiva com uma notável contribuição brasileira para o percurso que as sucessivas gerações de leitores têm feito à procura do tempo recuperado, nas pegadas do tempo perdido.

Categoria Teoria / Crítica Literária
Proust: A Violência Sutil do Riso
Leda Tenório da Motta
Editora Perspectiva S.A.

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