Orientadora: Maria Lúcia Santaella Braga

Mestranda: Thais Waisman

Curso: Semiótica Pierciana

Período: primeiro semestre / 2000

 

Monografia:

Universidade Corporativa Virtual: uma leitura permeada pela Teoria da Percepção de S.C.Pierce

 

Objetivos:

Discutir a Universidade Corporativa Virtual pela lente da Semiótica Pierciana, especialmente a Teoria da Percepção de S.C.Pierce, (Santaella, Lúcia, Percepção – Uma Teoria Semiótica, 1998) onde as dificuldades encontradas na implantação, aculturamento, aceitação, entendimento e adesão dos colaboradores representam o paradigma das novas Tendências em Educação nas Empresas.

Discutiremos como as empresas estão fazendo a leitura desta transição do processo unidirecional e soberano para o pragmatismo das Universidades Corporativas e destas para a virtualidade. O recorte será realizado no mundo virtual e on line num plano transversal do mundo presencial, tal que as empresas passam a ter que equacionar problemas anteriormente desconhecidos e ignorados: o capital intelectual, o conhecimento empresarial, os novos modelos educativos, o fim da sala de aula, a comunicação de muitos para muitos ou de um para um, a globalização, a troca sem limites de fronteiras ou cargos, o conhecimento fluindo de todas as direções, a troca incondicional. A Teoria da Percepção será o fio guia que conduzirá esta viagem.

 

A mente humana e o mundo das idéias: alta cotação no universo empresarial

O ativo intangível das organizações assume importância maior em relação ao seu valor real e exige novas formas de planejamento, desenvolvimento e mensuração do capital intelectual e da inteligência competitiva das organizações, assim como requer novos modelos de disseminação dos conhecimentos já adquiridos, evitando "reinventar a roda".

Uma das mudanças de paradigmas mais importantes que ocorreram nestes últimos tempos é à entrada da humanidade na fase da Sociedade do Conhecimento, onde o censo de valor migra para a mente brilhante, desde que esteja inserida num determinado contexto que a reconheça, valorize e, mais ainda, que esta mente produtiva, cheia de idéias possa resultar em lucros e resultados positivos para a empresa.

Esta Sociedade do Conhecimento, ou Quarta onda nos leva ao mundo tecnologizado onde o indivíduo deve inserir-se numa sociedade onde se confundem dados com informação, informação com conhecimento, conhecimento com aprendizagem, aprendizagem com saber, saber com erudição e assim por diante, com associações múltiplas e inúmeras que acabam enredando o indivíduo na teia da informação e num labirinto de possibilidades.

A pergunta pertinente, entretanto, seria qual o impacto desse evento nas nossas vidas e na vida das empresas, foco deste texto.

O homem, desde os primórdios, compartilhava o seu aprendizado nas cavernas com inscrições rupestres (há vários relatos do cotidiano e ensinamentos referentes à agricultura, fase da lua, caça). O Universo foi tornando-se mais complexo, mas o conhecimento continuava sendo transmitido de pai para filho, no ensino do ofício, aos homens e no cuidado do lar, para as mulheres. As tradições, a cultura, tudo ficava na esfera familiar e do círculo de amizades estreito: todos dividiam o saber através da linguagem verbal.

Complicando-se um pouco mais, o homem na era da Revolução Industrial, passa a fazer parte deste ilusório mundo fabril, distanciando-se das suas origens e não mais convivendo cotidianamente com a família ou parentes, que eram uma das principais fontes de disseminação e das experiências vividas e dos conhecimentos necessários para aquele ofício.

Nas fábricas, novas aprendizagens e o detentor do saber era o chefe de sessão, o gerente, o "senhor alguém" importante que transmitia os seus conhecimentos sob demanda, ou seja, à medida que ia sendo solicitado. Mas um fato curioso começa a acontecer neste ponto: nem o pai escreve uma cartilha para o filho deixando-lhe o legado, nem tão pouco o chefe da fábrica tem um local onde ele deposita seus conhecimentos, ensinamentos, experiências para os próximos que virão, ou para consultas diárias ou quando estivesse ausente. Instala-se, silenciosamente, o caos, em meio a uma falsa sensação de ordem do universo, pois a sabedoria está na cabeça de alguns e não no domínio público. Este fato, absolutamente atual, repete-se incansavelmente nas empresas e nas Universidades, também, onde o maior legado está na cabeça do s autores e dos que vivenciaram a experiência. Claro que o livro pode ser um destes disseminadores, mas na atualidade, como equacionar o tempo para poder ler todas as leituras necessárias? Como agilizar o processo de disseminação do conhecimento? Como saber o que deve ser lido e realmente interessa para aquele ponto específico?

Com quem está guardado o conhecimento de uma empresa? Quem o detém? Como recuperá-lo e armazená-lo em algum lugar acessível e manipulável por todos e, mais ainda, modificável por todos?

Surgem, então, as primeiras necessidades tácitas de criação de estruturas armazenadoras do conhecimento, ou dos dados como prefiro, pois a informação só vira conhecimento quando a utilizamos para alguma coisa, do contrário, seria um amontoado de letras e números e figuras e outros signos que só encontrarão significado quando houver um interpretante disposto a fazer a leitura e a adaptação formulando um julgamento perceptivo que cause algum impacto na questão a ser estudada, como reza a Semiose do signo em Teoria Geral dos Signos - Santaella, Lúcia.

Ora, como então colocar tudo isto em linha numa empresa de 19.000 funcionários, espalhados em mais de 50 unidades de negócios? Ou numa empresa de 5000 funcionários, agrupados num mesmo local, em 23 atividades distintas e uma só missão e visão para todos?

Surgem, então, na década de 80 as primeiras Universidades Corporativas presenciais, ligadas às indústrias (Educação Corporativa - Meister, Jeanne C., 1998 Makron Books) e negócios de renome, como Universidade do Hambúrguer (Mc Donalds), Academia Accor (grupo Accor de hotelaria), Motorola University, Cisco Academy, Universidade Agar. Estas Universidades já nascem com a premissa de que no início da nova década, mais de 50% de toda a aprendizagem ocorrerá via tecnologia, ou seja, via Internet, Videoconferência e outros. (Annual Survey of Corporate Future Directions – 1999).

O intuito era reagir aos métodos tradicionais de treinamento corporativo de forma a utilizar o potencial existente na mente brilhante e perceptiva de seus funcionários, incluindo a cadeia produtiva de valores, de forma que todos interagissem com todos e que as experiências fossem trocadas entre os vários departamentos, numa política de cultura de educação continuada.

No decorrer do processo, um dos resultados seria a descoberta de talentos, a potencialização de habilidades, assim como os mesmos direitos de aprendizagem e aperfeiçoamento para todos. O interessante desta abordagem é que o indivíduo vive sua vida num contínuo processo evolutivo que sugere, como condição sine qua non, a educação permanente, ou seja, a constante simbiose e troca com o meio que o cerca, seja no aspecto pessoal e individual, seja no trabalho. Não vejo distinção entre os termos, mas um puro erro de semântica.

Prédios foram construídos, pessoas contratadas, cursos criados, mecanismos de adesão de funcionários desenvolvidos, departamentos reestruturados, enfim, tudo perfeito não fosse por um único detalhe: o conhecimento continuava na mente de alguns – os indivíduos do saber, e os indivíduos do não saber continuavam do outro lado da mesa com acesso restrito ao contingente de informações que ele deveria receber.

Enfim, os sistemas não se falam, a unidirecionalidade persiste, os resultados efetivos não mensurados, os gastos excessivos e longe de terem seus resultados mensurados dentro do orçamento previsto.

O salto de qualidade refletido nos resultados satisfatório, tanto do ponto de vista do funcionário, com do ponto de vista do cliente, foi inegavelmente bom. A cadeia produtiva de valores que antes ficava de fora do ciclo, hoje participa junto com a empresa na busca de soluções conjuntas Administração em Marketing – Phillip Kotler – (1999). Os clientes passaram a ser escutados, a logística de distribuição passou a compor o preço dos produtos finais, o negócio passou a ser enxergado como um todo, assim como o valor total do cliente; porém continua havendo um problema: como chegar a todos os lugares ao mesmo tempo, envolvendo a equipe, garantindo o significado do signo interpretado, mantendo a qualidade do signo proposto (o treinamento), colocando os indivíduos numa mesma corrente, tal como a água faz com tudo o que está ao seu alcance.

Surge, então, no meio da década de 90, as Universidades Corporativas Virtuais, que se instalam como a representação na Web do modelo presencial.

O problema: será que algo pode migrar do presencial para o virtual, simplesmente utilizando a mesma forma, a mesma metodologia, persistindo a mesma credibilidade, confiança, e acima de tudo, transpondo uma mesma linguagem? Qual o processo de comunicação que fielmente levará a informação ao outro lado da tela do computador para públicos tão diversificados e que lerão o mesmo signo e terão como resposta o mesmo julgamento perceptivo vindo de interpretantes dinâmicos e imediatos tão heterogêneos.

 

O mundo virtual

Para ilustrar a discussão, definimos a virtualização (O que é o Virtual, 1996 - Lévy, Pierre) como: "virtualizar uma entidade qualquer consiste emdescobrir uma questão geral à qual ela se relaciona, em fazer mudar a entidade em direção a esta interrogação e em redefinir a atualidade de partida como resposta a uma questão particular".

O mundo virtual está longe do ilusório ou do imaginário e até do falso, mas sim próximo demais ao encontro pleno, onde as sensações do outro podem ser sentidas e vivenciadas através de programas comuns de TV, filmes assistidos, sites visitados, mecanismos de realidade virtual e outros. No contexto do ciberespaço, um universo a parte forma-se, numa dinâmica diferente do presencial e nem tão facilmente compreendido por todos, pois o ciberespaço não é a vitrine do mundo que todos gostariam que fosse, assim como o processo de busca da informação neste mundo virtual requer um trabalho tão árduo como os dos mineiros procurando pepitas de ouro. Muita ousadia seria imaginar que qualquer coisa que se coloque na Web, de uma Universidade Virtual a um site de Moda será vista por milhões de pessoas. Claro que não, pois há grupos de interesses específicos para cada produto, mesmo que seja um empreendimento institucional, só terá vida e se multiplicará se houver uma troca, uma interatividade produtiva que vai modificar, de verdade, sua produção inicial, realimentando-se de informações colhidas ao longo do tempo, tal qual uma semente na natureza. Apesar do virtual ser a comunicação de muitos para muitos em sistemas abertos onde cada um diz o que sabe e o que quer, mas onde o outro também tem a escolha do que quer ver ou escutar ou ler, a Web é um emaranhado de teias que nas suas intersecções têm pessoas interessadas num mesmo tema e é assim que sobrevivem e tecem mais fios na mesma teia.

O mundo globalizado trás consequências estranhas à humanidade que serão absorvidas com o passar do tempo e com as mudanças de hábitos geradas por elas mesmas, num perfeito sistema de retroalimentação. Os territórios agora inexistentes fisicamente exigem do ser humano que ele viva localmente no seu globo personalizado. Os computadores podem ser compartilhados, mas o universo é diferente para cada indivíduo, mesmo que compartilhem os mesmos terminais de computadores, cada um desenha seu percurso e constrói a sua teia, onde os mecanismos outros são disparados mediante um leve toque no mouse, onde a WWW imita a vida.

As empresas enquadram-se nesta história com suas bem sucedidas Universidades Corporativas, exatamente fazendo a passagem simbólica para as Universidades Virtuais, pululando de uma mídia para outra mídia, como se isso fosse o caminho natural, ou como se a globalização significasse estar na rede (pode ser isto também, mas depende estar em qual rede e fazendo o quê?).

O mundo virtual é um mundo do imaginário coletivo, onde tudo pode e tudo acontece, onde pessoas se desconhecem e se reconhecem a cada instante. De repente está lá você, no centro do universo, qual universo? Aquele mesmo que foi desenhados site a site pelo navegador solitário errante, internauta que constrói seu mundo com os inputs dos mundos alheios de tantos outros errantes da rede.

 

A eficácia do modelo Universidade Corporativa Virtual

A questão agora recai na eficácia do modelo Universidade Virtual Corporativa.

Um site ou um portal ou um curso a distância só sobrevive na rede se for sustentado por alguns pilares muito claros: 1) armazém descentralizado de banco de conhecimentos, ou bibliotecas inteligentes e proativas; 2) constantes inovações de mecanismos de avaliação e retroalimentação do próprio sistema; 3) hipermídia ou roteiros de aprendizagem colaborativos, dinâmicos, flexíveis. Todos os itens devem permitir a interface do usuário como participante ativo do processo e não espectador passivo que faz o seu zapping ou seu clicking loucamente à busca de coisas mais interessantes na rede que o prendam em algum lugar. O interesse e engajamento de cada um através de mecanismos simples de comunidades virtuais de aprendizagem seriam o último pilar da lista iniciada, porém de um significado importante que abordaremos mais adiante.

O que tudo isto significa é que o Virtual, e no caso das Universidades Corporativas, tem um sabor de ensino a distância, pois este é o core business, aparentemente, destas instituições: ensinar, reciclar, treinar, disponibilizar conteúdos, fazer uma mediação positiva ou coaching propriamente dito. Isto seria o caminho ideal e o objetivo da Educação a Distância na UC. O problema surge quando o significado que o conhecimento pretende que se derive do objeto estudado, não corresponde à realidade, criando uma descontinuidade do conhecimento, um desinteresse da aprendizagem e a simples constatação de fatos e dados isolados com pouca utilização prática na vida cotidiana do cidadão trabalhador.

O ser humano é um ser de linguagem e que tem a capacidade simbólica de produzir signos. A linguagem é algo perecível, por isso quando o ser humano fala é redundante por natureza, explicando e reexplicando, dando voltas para proporcionar ao ouvinte o perfeito entendimento do seu raciocínio lógico, de forma a que não se registrem dúvidas, mas interpretações dinâmicas coerentes e individuais, que num processo de troca dinâmica, colaborativa, participativa ou interativa, modifique o signo que foi produzido por aquele objeto ou tema, levando a um outro signo que já é uma interpretação do primeiro, portanto outro signo e assim por diante.

A permeação da semiótica como pano de fundo desta leitura é o que vai fazer com que esta linguagem seja interpretada pelos seus meandros, e não a tornar simplesmente um dado em si. Sempre se supõe que tudo está escrito e dito, gerando interpretações que não condizem com o conteúdo original, pois se ignora a linguagem e se vai direto ao contexto. Isto não é semiótica, pois semiótica é um conjunto de estratégias que se lança mão para se compreender como o mundo dos signos se comporta.

Quando o indivíduo lê algo, este algo se incorpora ao seu repertório pessoal e gerará um novo percurso ao repertório, já criando um novo signo.

Ora, não há comunicação sem mensagem, mas também não há mensagem sem signo, daí a importância destes esclarecimentos preliminares para se entender, ao longo deste estudo, o que é o signo e qual seu papel na linguagem e na comunicação aqui abordada.

Esta é a parte incrível do mundo Web: o sujeito fala e prova com imagens, outros depoimentos, outras viagens, mostrando o que se fala, utilizando diversas linguagens e viagens de tempo e espaço antes impossíveis. A Web pode ser o prolongamento da mente do indivíduo na medida que seu corpo viaja pelo mundo sem sair da cadeira, entrando em salas de bate-papo sem abrir portas, atravessando paredes, participando de congressos da poltrona de sua casa e assim por diante:..."Estou onde não sou e sou onde não estou". No meu ponto de vista, este é o ponto a ser exaustivamente explorado: as milhões de conexões e o aprendizado através do outro. Ninguém terá a pretensão de achar que poderá conhecer e navegar em todos os sites da Internet existentes, nem os vindouros, mas sim temos a certeza que o outro interage positivamente enviando suas conexões de seu universo particular, contribuindo satisfatoriamente para o aprendizado individual, única e exclusivamente porque todos estão interessados numa questão comum – este seria o princípio básico das Comunidades Virtuais de aprendizagem e por onde deve caminhar a Universidade Virtual.

O aprendizado vai sendo construído colaborativamente e não unidirecionalmente, como pensam alguns. Os inputs individuais têm tanto valor quanto os textos recomendados, pois estes textos não existem se não forem interpretados na mente do outro, certamente. Se as Universidades Corporativas surgem para aumentar o ciclo de vida do conhecimento e fazer os grupos de interesse interagirem por projetos, pois serão cobrados resultados em algum momento do jogo, nada mais óbvio que a interatividade e a troca constante de informações com a modificação dinâmica do conteúdo, com o objetivo do resultado coletivo encontrado e alimentada por todos.

 

A estética da aprendizagem virtual

O homem quando fala, então, é repetitivo, superficial, redundante, horizontal.

Como fazer com a produção deste mesmo professor de um texto para uma aula na Internet, onde a linguagem deve ser vertical, explícita e significativa? Torna-se complicado porque o sujeito tem que se verticalizar no assunto a ponto de contemplar todas as possíveis dúvidas, viés de raciocínio, deformidades de lógicos, interpretantes dinâmicos enlouquecidos, signos gerados em explosões de abduções incontidas ou não condizentes com a realidade pretendida do significado do texto apresentado.

O sujeito aprende pelo percepto (objeto) que está fora da sua mente, portanto na tela do computador, por exemplo, o texto do professor acima. Este percepto gera um estímulo na mente deste leitor que dispara processos mentais complicados, interagindo razão com emoção, numa valsa permeada pelo percipuum que permite, dinamicamente que este percepto penetre nos emaranhados cerebrais, gerando associações com outras premissas prévias, experiências colaterais não contempladas no momento, resultando num julgamento de percepção pelo interpretante, que será expresso como uma idéia nova, que por sua vez assumirá o papel de percepto, retornando aos emaranhados dos giros cerebrais através do seu canal virtual chamado percipuum que levará a novas interpretações e criação de novo juízo perceptivo que só terminará quando o leitor estiver satisfeito com a sua resposta pessoal e tiver esgotado suas experiências colaterais – está montado o mapa do aprendizado Percepção – Uma teoria semiótica – Santaella, (Lúcia). Se o indivíduo não encontrar o correlato experiencial, pragmático do percepto aprendido, nada valeu a pena e é este o calcanhar de Aquiles das Universidades Corporativas que pretendem migrar para o Virtual, ou que já se dizem virtuais.

Sabemos que o signo produzido necessita de um meio ou mídia para se externar. Sabemos ainda que o ser humano procura exaustivamente os suportes eternos e duráveis para mediarem o signo produzido. A linguagem é o tipo de signo que sabemos produzir e interpretar, mas a dinâmica do ciberespaço requer outra linguagem que não só a verbal, nem as matrizes sonoras e nem as visuais unicamente e isoladamente significam um completo domínio desta linguagem e a certeza, na outra ponta da lança, que a idéia, o julgamento de percepção alcançou os objetivos definidos. As mídias são diferentes e assim devem ser tratadas, cada qual com suas potencialidades e limites, cada qual gerando seus signos. A crítica permanece no sentido em que as mídias não são excludentes e um erro crasso seria achar que a Universidade Virtual será a solução dos problemas do aprendizado e treinamento empresarial, ignorando os aprendizados e modelos anteriores e jogando por terra toda uma história e uma vida de conhecimentos.

Cabe aqui um esclarecimento semântico entre Virtual e On Line.

Virtual é tudo aquilo que está no Ciberespaço, acessado quando o indivíduo se conecta no WWW.

On line é quando necessariamente alguém está do outro lado respondendo e interagindo com outro, por exemplo, nas salas de bate papo da internet, ou no ICQ (I seek you).

Se o professor - autor de um curso da Universidade Corporativa Virtual que escreve para um público genérico e nem sempre interessado no tema, não souber desse mecanismo simples de aprendizado e construção do conhecimento, perderá o controle total dos cursos e as interpretações dinâmicas livres farão com que o significante e o significado se percam em meio a um emaranhado de possibilidades da rede.

Outro ponto interessante é a estética deste aprendizado virtual no que se refere ao ideal que atrai o indivíduo para aquela ação, que pode ser aqui traduzida como o aprender pela virtualidade. Este ideal deve atrair o indivíduo em qualquer tempo, fazendo e promovendo coisas razoáveis, promovendo o crescimento da razoabilidade concreta, segundo o ideal estético de Pierce.

O mundo virtual ou o ciberespaço que a Universidade Virtual vai ocupar deve ter uma preocupação com esta estética que provoca no indivíduo, acima de tudo, deleite ao penetrar este mundo, assim como a obra de arte no artista, atraindo o usuário para aquele mundo sem que ele mesmo saiba porque. Por ser uma ciência, e quando falo de estética não me refiro ao belo, a estética da aprendizagem é o alicerce da lógica de formulação do raciocínio correto para agirmos razoavelmente nos meios disponíveis. Mas por ser a estética o admirável, pode ser o repugnante também, levando o internauta da nossa Universidade Virtual a uma situação que a repugna ao que está sendo veiculado ser de tal dimensão, que todo o ideal de realização e execução do complexo Virtual escorre por entre os dedos dos criadores, ou empresas no caso. Fica o alerta que a estética deve levar em consideração o que ela própria busca, aquilo para quê ela foi criada, qual o seu propósito, no caso a Universidade Virtual, fazendo com que as pessoas adiram ou não, levando o ser humano na sua corrente e fluxo sem que ele ofereça resistência e determinando o sucesso e a adesão da corporação na empreitada virtual.

A idéia, aqui o Virtual, tem que atrair a sensibilidade do outro e nada será mais admirável que uma idéia razoável, levando a aquisição de novos hábitos, ou seja, realizando a passagem do presencial para o virtual sem traumas profundos; valorizando a razão criativa do indivíduo, convidando-o a percorrer caminhos totalmente novos do ciberespaço por suas próprias idéias, percursos, itinerários.

As trajetórias individuais de cada indivíduo na sua empresa passam a ter a maior importância (Exame, Set/2000 – A diversidade), pois as empresas começam a se dar conta que as experi6encias colaterais e a capacidade de gerar idéias novas são o propósito dos pensamentos e que eles só vão ocorrer quando o indivíduo tem armazenado na sua memória e na sua inteligência, experiências vividas que disparam os processos mentais por pensamentos ou observações que o assolam. Isto vai levar a formulações de projetos de vida, que significa, neste caso específico, que o indivíduo vai criar seu próprio critério de aprendizagem desde que tenha subsídios e condições adequadas para tal e a interatividade e conectividade com sua comunidade de interesses comuns, dentro e fora do universo empresarial isolado irão enriquecer, sem sombra de dúvidas, a sua contribuição individual para o todo corporativo.

 

As comunidades de aprendizagem

As comunidades de aprendizagem surgem na década de 80 com a Comunidade Wells, existente até os dias de hoje. As comunidades virtuais têm como diferencial em relação aos sites e portais os interesses comuns em determinadas questões. Isto é a mola propulsora do processo de sobrevivência na Web – interesses comuns, a tal ponto que as barreiras geográficas realmente desaparecem e prevalece o interesse único comum daquele grupo de pessoas. A questão do global e o local perdem o significado quando se trata de assuntos comuns. Fome é fome, analfabetismo é analfabetismo, direitos humanos são direitos humanos sempre, planejamento estratégico é planejamento estratégico mude a língua local, mude a posição geográfica, mude o fuso horário – a Internet perde as barreiras e abre as fronteiras totalmente, e esta é a estética da Internet, a sensação de primeiridade causada pelo puro prazer do sentimento puro, da emoção de estar em qualquer lugar, a qualquer hora, em qualquer momento, em qualquer situação que se deseje.

Mais primitivo que isto é impossível. A Internet não reproduz nenhum modelo novo, mas a própria imitação da natureza: a organização dos formigueiros, os favos de mel e assim por diante. As formigas vivem em comunidade e trabalham por um único interesse: sobrevivência, construindo seus milhares de túneis, carregando fardos 50 vezes o peso de seu corpo, armazenando comida. Para quê? Sobreviver é o interesse comum de todas elas; assim são as comunidades e assim é o instinto do ser humano e dos seres irracionais: objetivos comuns, interesses comuns.

A visão do mundo passa a obedecer ao recorte, então, da visão triádica do universo, onde o texto produzido pelo nosso novo professor produz um signo que é o texto na Internet que gerará julgamentos de percepção em todos os seus leitores, que devem ativamente, responder aos textos com suas hipóteses, depoimentos, etc. gerando outros documentos que envolverão uma grande comunidade que vai modificar contínua e ativamente este texto, com resultados diferentes e hipóteses diferentes das propostas pelo objeto original. A leitura transversal entre o globalizado e o localizado, ou entre o significante e o significado efetivamente apreendido, será o divisor de águas da seleção natural dos sites da internet, ou das comunidades virtuais ou de qualquer outra tentativa.

A idéia ou cerne da questão de aprendizagem contextualizada em salas de aula virtual é o conceito que permanece par ao indivíduo. O pensamento é o fluxo por onde correm estas idéias. Assim, fica claro perceber que a escala de importância prioriza a idéia e é com ela que temos que nos ater na construção metodológica das Universidades Virtuais, pois é isto e somente isto, que o leitor virtual levará como legado. Os pensamentos envoltos nos processos mentais, nas associações são fluxos dinâmicos que vão e vem num movimento próprio. O que é constante são as idéias que permaneceram através das teorias explicadas anteriormente.

 

Novos modelos mundiais de educação nas Empresas

Podemos dizer que numa fase inicial podemos chamar o usuário do da Universidade Virtual de garimpeiro (miner), onde o indivíduo está conectado ao mundo, plugado nos meios de comunicação e acumula todos os signos que podem armazenar, guardando-os adequadamente para serem usados no momento oportuno. Com o uso da Informação colhida, os processo mentais iniciam-se e a aprendizagem inicia-se através da formulação do juízo perceptivo dentro do trinômio indissolúvel mente-cérebro-signo, permitindo que o processo decisório cotidiano seja baseado por um nível de conhecimento mais consistente, através dos tais julgamentos perceptivos, experiências colaterais, premissas prévias.

Após este processo, vem a Dominância do Conhecimento, onde diversas comunidades de interesse passam a se interligar, criando uma sinergia de informação e cognição que permite criação de hipóteses em cada negócio.

O conhecimento vem da retenção e interação da informação, onde o indivíduo encontra respostas satisfatórias naquele momento, aplicações para as suas hipóteses, num grande campo de provas que é o seu cotidiano. O ser humano passa a ter a capacidade de criar idéias novas de vanguarda, as quais serão, efetivamente, os fatores de diferenciação competitiva de cada organização.

Os departamentos de educação e treinamento das empresas já mudaram, isto é fato. Verdadeiras Universidades corporativas foram criadas, complementando os curriculum engessados das maiorias das Universidades formais, deixando muito a desejar na formação profissional desses que vão ocupar cargos em grandes empresas. Cisco Systems, por exemplo, mantém a Cisco Academy Network onde treina seus trainees em cursos que são oferecidos como cursos extracurriculares dentro das maiores universidades do Brasil e do mundo. O aluno já sai treinado para algumas determinadas exigências, e a empresa só aceita no seu quadro os candidatos que passaram pela academia.

As Universidades Corporativas normalmente são consideradas uma sofisticação, o que não corresponde à realidade nem à verdade, mas sim uma sofisticação ou evolução dos departamentos de treinamento, e porque não dizer, uma necessidade e uma tendência mundial já consagrada. Terão seu valor reconhecido quando se consumarem como serviço quase de utilidade pública, como as universidades e instituições de ensino, cumprindo com sua função social e não preparando pessoas robotizadas para determinados trabalhos, com visão curta e conhecimento limitado sobre determinados assuntos, incapazes da tomada de decisões, das escolhas, do puro processo lógico de formulação do pensamento e capacidade de enfrentar os desafios e a competitividade do ambiente de negócios.

As mudanças exigidas pelas novas demandas de mercado, assim como pela competitividade e um mundo com mais mentes criativas, mais solidariedade, uma volta aos valores pessoais e uma inserção no ambiente comum do próximo, onde a vida grupal tem uma importância na formação do caráter do sujeito, a escola continua num abismo sem precedentes. Mudar todo uma legislação e um esquema de ensino e aprendizagem consagrados pelo tempo e empoeirados pelo mau uso e péssimos resultados exige mudanças por parte do governo muito trabalhosas, dispendiosas e difíceis de serem implantadas. Isso gera um gap enorme e uma oportunidade única para as empresas entrarem num novo ramo de negócios: educação.

Segunda maior empresa do mundo, a educação no Brasil cresce mais que 10%a/a, atraindo empresas e investidores que fazem qualquer coisa para abocanhar este market share e atrair seu público. Surgem as UC. Mas e a Internet?

Bem, utilizar estruturas físicas para basear a Universidade Corporativa não é o propósito da operação, mas divulgar os conteúdos de tal forma que realmente minimize gastos, atinja um público maior, uniformize a qualidade da informação, atinja mais pessoas ao mesmo tempo e ainda apresente a flexibilidade de horário, de intervenção no conteúdo, discussões em grupo, trabalhos pela Internet, troca de mensagens, etc.

A reengenharia do sistema educacional brasileiro tomará um tempo incompatível com as novas necessidades que a velocidade da mudança impõe sobre a sociedade (A empresa na velocidade do pensamento – Gates, Bill, 1999).

Podemos chamar tudo isto de Quinta Onda (as anteriores foram: agrícola, industrial, serviço, informática/ telecomunicações) cuja denominação de Era do Conhecimento eu ousaria elevar à categoria de Era da Sabedoria.

Atrair, desenvolver e reter talentos será prioridades ligadas diretamente ao ambiente humano das empresas cuja responsabilidade incluirá a educação contínua destes talentos, aliás, prefiro chamar de educação permanente, pois desconheço algum ser vivo que tudo saiba e que já não esteja aprendendo;

 

A Universidade Virtual

Sem a pretensão de englobar todos os cenários, esse texto tem como objetivo alertar para algumas tendências que tornarão a gestão do Capital Intelectual (ativo intangível ou inteligência competitiva) não só uma ferramenta cada vez mais importante como também, no sentido mais profundo do termo, um novo paradigma deste início do Século XXI. Empresas de todos os portes, incluindo a miríade de empreendedores que iniciarão seus negócios nessas próximas décadas, deverão incorporar nos seus negócios esta nova maneira de pensar.

Verbas cada vez mais volumosas serão destinadas a criação de novos produtos,

Serviços, sistemas e processos em um movimento obcecado rumo ao novo, Os cérebros serão desenvolvidos no limite da obsessão através de processos cada vez mais voltados para a melhoria de performance caracterizando claramente um padrão de melhoria contínua, pelo menos em primeira instância, no campo do intangível, ativo intangível, da inteligência competitiva, deverá ser disseminado até para os jovens que se formarão entre os empreendedores do futuro. Neste novo milênio vai valer, acima de tudo, a agregação de valor e a geração de riqueza contidas nos cérebros das pessoas, e de nada vai adiantar tudo isto se não houver mudanças de hábito, tarefa difícil e que demanda tempo.

As estruturas em Network, as empresas virtuais, o irreversível processo de terceirização, a falência do emprego tradicional farão que, cada vez mais, tijolos, máquinas, terras dêem lugar a idéias, inovações e inteligência.

As ações mínimas que as empresas têm que efetuar para validar a Universidade Corporativa Virtual estão citadas a seguir: 1)Identificação do impacto e a consistência do conhecimento e do capital intelectual; 2)Criação das condições de desenvolvimento, fluxo e melhoria contínua deste conhecimento; 3)Desenho de uma rede de conhecimento, estruturando o capital intelectual de modo a forçar sua transformação em propriedade da empresa e não das pessoas; 4)Criação de indicadores de mensuração do capital intelectual; 5)Conectividade virtual das empresas à rede mundial de computadores; 6)Desprendimento do conhecimento como propriedade individual; 7) Cultura de educação Permanente; 8) Inserção efetiva no mundo globalizado e conectado através das comunidades de aprendizagem, estabelecendo as trocas como vias de mão dupla.

Em geral, as Universidades Corporativas centralizam as soluções de aprendizado para cada "família" de cargos e funções dentro da organização utilizando o treinamento como instrumento agregação e desenvolvimento da massa crítica, reduzindo custos pela escala de contratação, definindo padrões comuns para atuação dos consultores externos etc., mas o que é essa definição?

No Brasil, estas Universidades como a do Grupo ACCOR, MOTOROLA, MCDONALD’S, ALGAR e BRAHMA, seguem este padrão, mas tem uma enorme dificuldade de fazer a passagem de presencial para o virtual, pois o Brasil não é um país on line, há somente 14MM de Computadores até momento e 9 MM de conectados até o último levantamento (fonte IBGE-1999).

As empresas não têm computadores para todos e nem acesso à Internet. Grandes indústrias farmacêuticas, multinacionais de renome mundial, mantêm como política a vedação à navegação na Internet e a maioria dos computadores pessoais de pessoal de campo não tem multimídia ou não tem drive de disquete. A Intranet é algo que nem sempre esta disponível. Esta é a realidade brasileira, apesar dos altos investimentos. Claro que isto não significa uma aversão minha às tecnologias, o contrário, mas há sérios problemas estruturais que devem ser pensados antes e resolvidos estrategicamente para que o passo seguinte possa ser criado. No setor da educação e comunicação, parece um pouco paradigmático pensar em substituição total dos meios, ou seja, escolhe-se um em detrimento a outro.

A palavra mídia já fala por si só, é meio e não fim, assim, virtual pode significar qualquer coisa, inclusive tirar dúvidas por e-mail. Mas será este o ponto evolutivo que estamos buscando?

Quando o professor-autor, ou o treinador coloca seu texto na Internet, dentro de um ambiente interativo de aprendizagem aceito, com as ferramentas de interatividade acionadas, seu texto é geralmente, fechado, com uma figura particular ao texto, ele coloca hipertextos, também fechados. Isto significa que o aluno não interage com os textos, mas com as idéias únicas do autor que o concebeu.

Será isto interação?

 

Conclusão

Documentos e textos são organismos vivos que devem ser interpretados e só terão valor na mente do outro que o leu, que o interpretou, que criou seu julgamento perceptivo, que encontrou as conexões necessárias para fazer uso daquele percepto, ativando sua mente produtora e criando novas idéias em cima daquela. O livro multiplica-se como uma célula, os textos na Internet têm que ter o mesmo propósito e a mesma capacidade, do contrário, serão histórias contadas.

Se o sujeito não for remetido ao mundo das idéias, ao cyberespaço – pois estamos falando de U/C virtual, o objetivo estará esquecido em algum ponto e não haverá transformação, evolução, inovação, pois não haverá dúvidas, questionamentos, hipóteses.

O indivíduo deve interagir com sua comunidade virtual de interesse no mesmo assunto, e não por família de cargos. Onde está escrito que os interesses são comuns em famílias ou grupos de cargos? Alguém deliberou que aquelas pessoas trabalham juntas por algum critério de seleção ou escolha que não necessariamente, identificam-se com seus interesses pessoais, potenciais e latentes.

Os indivíduos devem organizar-se em comunidades de interesse, ou seja, comunidades virtuais de interesses e questionamentos comuns a este grupo. As Universidades Virtuais encaixam-se neste ponto, ou seja, isoladamente não fazem sentido, pois estarão retroalimentando-se num ambiente viciado. Os inputs externos e o entrelaçamento da rede, assim como a aranha e sua teia, é que darão vida e sobrevida e longevidade à imensa rede do ciberespaço e do mundo virtual.

Questões comuns devem coexistir em ambientes abertos de troca, de interatividade, senão os pontos em comum passam a ser tão escassos que cada indivíduo isola-se no seu mundo fechado, interagindo isoladamente com o universo do seu PC da sua casa, mas com outras comunidades que não a do trabalho.

Implantar uma Universidade Corporativa Virtual não é fazer cópia carbono do modelo presencial, porque Internet é outra ordem, outro caos.

O indivíduo, por natureza, é hipertextual na sua leitura cotidiana. Quantos processos mentais fazemos quando lemos algo, fazemos uma associação com outro conhecimento, levantamos uma hipótese, testamos a resposta com experiências colaterais associadas, criamos outro percepto que nos incomoda e que gera, pelo percipuum outro julgamento ou idéia. Se colocássemos isto no texto escrito, haveriam vários links associados, porque é assim que o humano aprende o tempo todo: pela percepção, pela hipertextualização, pelas conexões mentais, pelas hipóteses levantadas, pelas experiências colaterais, pela simulação, pelo percepto vivo que insiste e persiste, tal como o signo, pelas associações paralelas.

A Internet imita a vida na sua forma de pensar, isto é público e notório; porque então ignorar a forma como o homem aprende e tentar impor, de forma subliminar, outro roteiro estrito de estudo. Cada um é capaz de criar o seu dentro de um universo oferecido onde o ponto forte de ligação é a questão que está sendo abordada e não o conteúdo e o contexto que está sendo imposto.

O homem vê em 3D, pensa em lê em hipertexto, aprende pelo visual prioritariamente, vive me tribos e a Internet imita a vida claramente.

Outro questionamento é porque há que ter mais de 2000 universidades corporativas espalhadas pelo mundo, e não comunidades virtuais que congreguem e agreguem grupos de interesses, criando verdadeiramente o benchmark anteriormente citados. Este benchmark, ou esta troca só ocorrerá verdadeiramente, quando as pessoas trocarem, ativamente, ou seja, interagirem verdadeiramente e um não depender da mediação do outro, mas da mediação do meio, pois este é o papel do meio: criar condições de facilitar alguma coisa.

Se as Universidades Corporativas Virtuais foram criadas para trazer mais resultado para os negócios, vale lembrar o que diz Alan Webber: "a nova economia não está baseada na tecnologia, seja ela o microchip ou a rede mundial de telecomunicações. Está na mente humana".

 

Bibliografia

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