Mesa 07
Inclusão social de pessoas surdas – Acessibilidade
A surdez se caracteriza por perda auditiva nas frequências da fala. Como consequência, embora algumas pessoas surdas consigam atingir um nível satisfatório de comunicação, a maior parte apresenta dificuldades acentuadas no uso da língua portuguesa, tanto na modalidade oral como escrita. Por outro lado, a Língua Brasileira de Sinais, por ser visual-espacial, se constitui como fator imprescindível para a inclusão social das pessoas surdas. Daí surge a necessidade de se promover ampliação das condições de acesso aos diferentes serviços oferecidos pela sociedade sejam eles públicos ou privados - como bancos, hospitais, telefonia, entre outros; a palestras em eventos, às reuniões em empresas (que incluem colaboradores surdos), aos programas televisivos e ao entretenimento em geral.
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Mesa 08
Exclusão, inclusão: Psicanálise, política e ética
A Psicanálise, como espaço discursivo comprometido com o debate de questões relativas à exclusão/inclusão social e com a possibilidade de intervenção em decisões e políticas, deve poder sustentar a articulação sujeito-sintoma-ato (que se opõe à dicotomia indivíduo-massa). Esta mesa parte desta questão, que assume como ética, para abordar a tensão entre prática do psicanalista e estabelecimento de políticas sociais, que convocam o “trabalho psíquico”, sustentado ser passível, neste espaço ou ambiente, situar a problemática da relação sujeito-ato, como a Psicanálise propõe. Trata-se de tema de inequívoco interesse, um tema que pressiona a reflexão sobre certos fundamentos da clínica psicanalítica, que procura dar conta da demanda social. O tema da exclusão/exclusão social, portanto, será trabalhado a partir de considerações referentes à questão sujeito-ato, visando ao debate das condições de estabelecimento de laços sociais. | Mesa 09
Trabalho, adoecimento, exclusão
O adoecimento no trabalho tem origem na mobilização psíquica de cada sujeito no confronto com sua realidade de trabalho (entre o real e o possível). Ele é gerador do sofrimento que compromete a saúde (Dejours, 2004). Partindo da experiência de atendimento a teleoperadores e professores com distúrbio de voz, afastados de suas funções, esta mesa debate a marginalização de trabalhadores adoecidos em decorrência de seu processo de trabalho. Desde os primeiros sinais de alteração vocal até o momento da impossibilidade de usar a voz para desempenhar sua função, o trabalhador percorre um longo caminho. Se o afastamento da atividade pode trazer o benefício do recuo da situação geradora de mal-estar, ele desestrutura, porém, vínculos com o trabalho. Este tempo de espera e de incerteza é focalizado nesta sessão de comunicações. |