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Diagnósticos da Crise: Alternativas para o desenvolvimento brasileiro - 28/04/2016.

Sobre: A atual conjuntura política e econômica do Brasil é conturbada. Desde o período que antecedeu o golpe militar de 1964, o país não passa por uma disputa tão intensa de projetos de nação, que se divergem por suas essências ideológicas, mas se assemelham pelas suas faces intrinsecamente sistêmicas, demonstrando a ineficácia das instituições políticas brasileiras bem como a inoperância daquilo que é chamado de “governo de coalizão partidária”.

O complexo cenário se agrava com o desencadeamento de uma crise econômico/financeira que eclodiu no ano de 2015. Resultados fiscais degradantes, déficits orçamentários que representam recordes históricos, alta volatilidade do dólar, queda da produção industrial, crescimento vertiginoso da inflação e aumento da taxa de desemprego. Todos esses fatores culminaram no rebaixamento do grau de investimento do Brasil por duas das três principais agências de risco do mundo e impuseram uma nova agenda de político-econômica ao governo brasileiro, baseada a partir de agora na austeridade e na redução dos gastos públicos correntes.

No âmbito politico o processo de impeachment que no dia 11/04/2016 foi aprovado pela comissão especial e será votado no plenário da câmara federal no dia 17/04, avança e provoca rupturas partidárias, levando a sessões acaloradas no Congresso. O PMDB, principal partido da base aliada, após convenção nacional, optou pelo rompimento com o governo federal. O vice-presidente Michel Temer (no momento em que estávamos escrevendo esse texto) teve um áudio vazado, cujo conteúdo expõe sua prepotência e seus interesses em chegar à presidência, dando a entender que os Deputados já tinham aprovado o impeachment da presidenta Dilma. Ocorre também uma crise institucional entre os três poderes da República, que com o acirramento da crise política entram em confronto para garantir o protagonismo da situação e a aparente normatividade legal do processo.

Todos esses acontecimentos, com a ajuda das redes sociais, são acompanhados de perto pela população, que desde 2013 vem se organizando em movimentos das mais variadas pautas, com maior assiduidade, protagonizando no Brasil as maiores manifestações de rua já registradas na história. Seja por milhares de pessoas reivindicando a redução do aumento da tarifa de transporte público, seja por greves de diversos setores, seja por manifestações contra ou a favor do atual governo. A questão principal é que a sociedade brasileira está retomando o ativismo político e há uma gama de interesses de movimentos que buscam o protagonismo, na tentativa de defender o que acham ser o melhor caminho a ser tomado pelo país.

Com todas as ponderações levantadas, o movimento Reviva vê como de fundamental importância a criação de uma atividade que visa o debate com todos os alunos, professores e funcionários da PUC-SP, bem como estudantes e professores de outras universidades que se interessem pela discussão e alternativas para o retorno do desenvolvimento brasileiro. A atividade consistirá em uma discussão com os convidados:

· Ciro Gomes – Atualmente preside a obra da ferrovia trans-nordestina (CSN), ex-ministro da integração nacional, ex-ministro da fazenda, ex-governador do estado do Ceará, ex-deputado federal pelo estado do Ceará, ex-prefeito de Fortaleza e pré-candidato a presidência da república 2018;

· Pedro Fassoni Arruda – Professor Doutor do departamento de Política da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo;

· Mariana Ribeiro Jansen Ferreira – Professora Doutora do departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

 

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