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Auto-estima
Profª Mônica Helena Tieppo Alves Gianfaldoni

De modo geral auto-estima tem a ver com aquilo que o sujeito fala, pensa, espera de si mesmo; e, ainda, tanto do que ele relata ser capaz de fazer quanto daquilo que efetivamente ele faz. Diz-se que uma pessoa com elevada auto-estima sente-se livre e amada; é mais resistente a frustrações; pode lidar de forma adequada com ocasiões de conflito; responde às demandas da sociedade pró-ativamente; comporta-se de forma socialmente habilidosa, na medida em que, por exemplo, consegue responder a críticas adequadamente, recusar pedidos; desenvolve criatividade; considera os outros em suas ações. Esses quesitos poderiam tornar o indivíduo mais apto a enfrentar os obstáculos e desafios do cotidiano.

Auto-estima, como um conceito-síntese, tem sido usada para explicar porque os indivíduos são bem ou mal sucedidos em algumas situações. É comum ouvirmos que tal ou qual pessoa tem uma auto-estima muito elevada, o que seria um indicador de sucesso em várias áreas, ou uma baixa auto-estima, por oposto, um indicador de fracasso. Esta afirmação pode nos levar a supor que auto-estima é uma característica intrínseca, inerente da pessoa, que, uma vez adquirida, ela é perene ou quem não a tem, não a desenvolverá. Nenhuma dessas duas conclusões é correta. Todas as pessoas podem conquistar auto-estima elevada e, cotidianamente, esta deve ser cultivada.

Para a Psicologia o homem é um ser social e em constante construção, de modo a ser sujeito de sua própria história. A auto-estima, como tantos outros sentimentos/comportamentos, é ensinada pela comunidade em que vivemos, só se desenvolvendo num contexto social em que a escola e a família (e outros significativos) têm papel fundamental. Quando as pessoas são expostas a ambientes gratificantes (e não aversivos) em que o próprio sujeito e suas ações são valorizados, aumenta-se a chance de que seja produzida e conservada uma auto-estima elevada.

Além de um ambiente propício, ensinar os indivíduos a se auto-observar e ao seu contexto físico e social, gerando um autoconhecimento, seriam condições importantes para desenvolvermos e mantermos tanto uma auto-estima elevada, quanto sujeitos autônomos, assenhoreados de sua própria vida, como bem explicita Guilhardi (2008).

Referência Bibliográfica:
GUILHARDI, Hélio José. Auto-estima, autoconfiança e responsabilidade. Disponível em: http://www.terapiaporcontingencias.com.br/pdf/helio/Autoestima_conf_respons.pdf. Acesso em 02.02.2008.

 
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