Mário Schemberg ( Recife , Pernambuco , 2 de Julho de 1914 - São Paulo , 10 de Novembro de 1990 ) foi um físico, político e crítico de arte brasileiro .

Trabalhou com José Leite Lopes e César Lattes e foi assistente do físico russo naturalizado italiano Gleb Wataghin . Publicou trabalhos nas áreas de mecânica quântica , termodinâmica e astrofísica . Começou seus estudos na Faculdade de Engenharia do Recife e depois se transferiu para São Paulo onde também cursou matemática na Faculdade de Filosofia, formando-se nos dois cursos.

Em 1940 descobriu o processo Urca em conjunto com o físico russo naturalizado americano George Gamow . Em conjunto com o astrofísico indiano Subrahmanyan Chandrasekhar elaborou o limite Chandrasekhar-Schenberg , referente à evolução do Sol .

Foi eleito deputado estadual em 1946 pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) e foi posteriormente cassado e preso por motivos políticos. Em 1962 foi novamente eleito deputado estadual pelo Partido Trabalhista Brasileiro , mas teve seu diploma impedido após ser acusado de pertencer ao Partido Comunista. Em 1964 foi preso novamente pela ditadura militar permanecendo foragido por cinco meses. Seu mandato de prisão somente foi revogado devido à pressão da comunidade científica internacional.

Com a declaração do AI-5 , em 1969, foi aposentado compulsoriamente e proibido de entrar no campus universitário. Essa situação somente foi revertida após a abertura política.

Atuou como crítico de arte escrevendo diversos artigos sobre artistas contemporâneos brasileiros como Alfredo Volpi , Lygia Clark e Hélio Oiticica .