ARTE E POLÍTICA
MARIO SCHENBERG

Arte

Como crítico de arte iniciou-se com a organização da primeira exposição individual de Volpi, em 1942, para a qual escreveu o texto e fotografou as obras do catálogo.

Em 1942 e 1948 escreveu sobre Volpi, Pancetti, Bruno Giorgi e Figueira, neste período que sua que sua coleção particular de arte começa a se formar.

Em 1961 foi encarregado por Mário Pedrosa de organizar a retrospectiva de Volpi na Bienal de Arte de São Paulo.

Participou das bienais de 1965, 1967 e 1969, como representante dos artistas no júri nacional de seleção.

Nas décadas de 1960 e 1970 escreveu numerosas apresentações de artistas renomados, como Volpi, Mário Gruber, Mira Schendel, Waldemar Cordeiro, Lygia Clark, Rubens Gerchman, Antônio Dias, Roberto Magalhõees, Hélio Oiticica, José Roberto Aguilar, Arnaldo Ferrari, Cláudio Tozzi, Frederico de Morais, Roberto Moriconi, Antônio Marx, Teresa D'Amico, Moby, Ivald Granato, Erika Steinberger, Jenner Augusto, Sônia Castro, Waldomiro de Deus, Niobe Xandô, Ricardo Augusto Pinho, Marlene Trindade, Anésia Pacheco e Chaves, Lourdes Cedran, Aluizio Siqueira, Sheila Brannigan, Bruno Giorgi, Rebolo Gonçalves, João Rossi, Maurício Nogueira Lima, e de numerosos jovens artistas

Politica

Mário Schenberg foi deputado estadual por duas vezes pelo Estado de São Paulo. Em 1945 foi eleito deputado para a Constituinte do ano seguinte pelo Partido Comunista. Na Assembléia Constituinte, Schenberg foi autor da lei que instituiu o curso noturno nas universidades e também daquela que criou a Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, além de começar a campanha "o petróleo é nosso" em São Paulo. Em 1947, devido às suas posições políticas, foi preso e teve seu mandato cassado.

Em 1964, uma semana após o golpe militar, Mário Schenberg foi preso e colocado em liberdade apenas dois meses depois. Após sua libertação, vários processos foram movidos contra ele, até que conseguiram decretar sua prisão preventiva. Manteve-se escondido por cinco meses, ao fim dos quais se entregou. Mais tarde foi absolvido.

O fato, porém, teve repercussão internacional, principalmente por ter coincidido com um convite para participar de um congresso científico no Japão (Congresso Internacional de Partículas Elementares).