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Psicoterapia com Pessoas Enlutadas – LELu

Horário da Supervisão

3ª feira

das 16:00h às 19:00h

Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC-SP – Curso de Psicologia

Local: Clínica Psicológica “Ana Maria Poppovic”

Coordenadora: Profa. Dra. Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento

Carga horária: 600hs.

Duração: 1 ano e 3 meses podendo ser renovado por mais um ano.

Número de vagas: 8

Periodicidade: Anual

Público Alvo: Psicólogos e Médicos

Modalidade: Presencial

Requisitos do acesso

Os interessados precisarão:

  • ter conhecimento dos fundamentos teóricos sobre luto e seus processos.;
  • ter disponibilidade para realizar as atividades práticas propostas e a leitura de textos básicos e complementares;

Introdução e justificativa

A presente modalidade de aprimoramento é uma oportunidade para que profissionais da área da Psicologia e Medicina se aprimorem, desenvolvendo a compreensão psicológica acerca das questões envolvidas no processo de formação e rompimento de vínculos no LELu.

O atendimento a pessoas enlutadas oferece no LELu, ao longo destes 20 anos, uma construção teórica solida, juntamente com uma experiência angariada nesse atendimento de pessoas com idades desde 2 a 90 anos, de maneira a oferecer esta modalidade de formação para psicoterapeutas em luto, única no Brasil. Além disso, o LELu também se estabeleceu como referencia para encaminhamento de pessoas enlutadas, por serviços de Saúde, Judiciário, Educacao, por exemplo, além dos próprios interessados. Utilizamos criticamente técnicas psicoterapêuticas específicas para essa demanda. Esta modalidade habilita o psicólogo a atuar no âmbito hospitalar, em consultório particular, na escola, na organização, na comunidade, pois desenvolve nele um pensamento fundamental que é a intervenção necessária na situação de rompimento de vínculos significativos, seja em uma situação crítica, brusca, da morte repentina, seja em uma situação anunciada, após longo período de doença, e o instrumentaliza com as técnicas de intervenção aliadas a uma postura crítica quanto às técnicas e à ética da atuação clínica, juntamente com uma relação multiprofissional com os demais profissionais da clínica.

Objetivo Geral

Este aprimoramento clínico-institucional tem como objetivo principal que os profissionais desenvolvam e aprimorem a sua compreensão do paciente, da relação terapêutica e de algumas modalidades da prática clínica voltada para luto (psicoterapia, intervenção breve e orientação).

Objetiva tambem desenvolver e treinar os aprimorandos em técnicas psicoterapêuticas específicas para psicoterapia de pessoas enlutadas, considerando a amplitude dessa demanda, que pode envolver assistência social, judiciária, psiquiátrica e permitindo desenvolvimento do pensamento clínico, com fundamentos teóricos e éticos.

2- Permitir aos aprimorandos que sua formação na graduação seja ampliada pela prática profissional com um paciente que tem essa demanda específica, o que não teve oportunidade de vivenciar na graduação.

3- Oferecer à população enlutada atendimento psicológico especializado, com o que há de mais apropriado à demanda, dentro dos cuidados éticos e técnicos.    

Objetivos específicos

  • Desenvolver técnicas e habilidades necessárias para identificação de risco de luto complicado;
  • Realizar entrevistas focalizadas nos indicadores de risco e proteção para luto complicado;
  • Aprimorar o entendimento da singularidade de cada paciente, da relação terapêutica e identificar as práticas clínicas mais adequadas para cada caso;

Metodologia e recursos necessários

As supervisoes são semanais, sendo solicitado dos alunos que facam relato por escrito dos atendimentos, para apresentacao na supervisao.

O supervisor procurará selecionar pacientes com problemáticas diversas consequentes a uma perda por morte. São realizados atendimentos clinicos individuais ou de grupos familiares ou de grupos temáticos ou por faixas etárias. Os atendimentos têm, geralmente, frequência de uma sessão semanal, porém, isso depende da demanda psicológica da pessoa enlutada. A critério da supervisora, cada aprimorando poderá atender, simultaneamente, mais de um paciente a partir da demanda identificada pelas entrevistas, com um minimo de dois pacientes.

O atendimento psicológico de cada paciente será definido em função das demandas específicas e singulares de cada caso, podendo ser realizado nas seguintes modalidades: psicoterapia tradicional, psicoterapia breve, orientação ou intervenções breves. Estes atendimentos serão supervisionados semanalmente em grupo. Além disso, serão solicitadas leitura e discussão de textos indicados na referência bibliográfica e sobre as questões apresentadas pelos pacientes e as várias modalidades de intervenção clínica. Os aprimorandos precisarão elaborar por escrito os relatórios de cada sessão de atendimento, o relatório final dos atendimentos realizados e um trabalho de conclusão de curso de uma temática relacionada com o estágio, que será orientado pelo supervisor da modalidade. Este trabalho de conclusão de curso será apresentado na Atividade Acadêmico-Científica

Requisitos de aprovação

  • presença em pelo menos 75% das supervisões semanais e nos atendimentos clínicos acordados;
  • elaboração dos relatórios semanais e anuais;
  • Elaboração de uma monografia cujo tema deve estar vinculado aos atendimentos realizados e baseado na fundamentação teórica, que será avaliada de acordo com o regulamento do aprimoramento;
  • participação da jornada da clínica 2017 e 2018.

Certificados Concedidos

Será oferecido certificado de aprimoramento.

Corpo docente

Profa. Dra. Maria Helena Pereira Franco

Conteúdo programático

Leitura dos textos indicados na referencia bibliográfica básica e complementar além de outros indicados pela supervisora.
Supervisão dos casos atendidos

Cronograma de aulas

Conforme o calendário definido pelo regulamento do Aprimoramento Clínico-Institucional da Clínica Psicológica “Ana Maria Poppovic” do Curso de Psicologia da FaCHS

Referências Básicas

BOWLBY, J. (1997). Formação e rompimento dos laços afetivos. Trad. Álvaro Cabral. 3ª. ed. São Paulo: Martins Fontes.

BOWLBY, J. Apego e perda: tristeza e depressão, 3a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

FRANCO, M.H.P.; Polido, K.K. Atendimento psicoterapêutico no luto. 1.ed. São Paulo: Zagodoni Editora, 2014. v. 1. 96p.

MCGOLDRICK, M. (1998) Ecos do passado: ajudando as famílias a fazerem o luto de suas perdas. In F. Walsh & M.

McGoldrick. Morte na família: sobrevivendo às perdas. (pp.76-104). Porto Alegre: Artmed.

PARKES, C. M. (1998).  Luto: estudos sobre a perda na vida adulta  (3a ed., M. H. P. F., Bromberg, trad.). São Paulo: Summus.

PARKES, C. M. (2009). Amor e Perda. As raízes do luto e suas complicações. (M. H. P. Franco, trad.). São Paulo: Summus.

 

Referência Complementar

FRANCO, M.H.P. (org.) Intervencoes Psicologicas em Emergencias. São Paulo: Summus, 2015.

BROWN, F. H. (1998). O impacto da morte e da doença grave sobre o ciclo de vida familiar. In F. Walsh & M. McGoldrick. Morte na família: sobrevivendo às perdas. (pp.153-165). Porto Alegre: Artmed.

CARTER, B. & MCGOLDRICK, M. (Orgs.). (1995). As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas.

FRANCO, M.H.P. (Org.) Formação e rompimento de vínculos; o dilema das perdas na atualidade. 1a. Ed. São Paulo: Summus, 2010. v.1 287p.