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BOLETIM CLÍNICO - número 18 - setembro/2004

Boletim Clínico | Psicologia Revista | Artigos



5. O Sujeito Desejante e Cognitivo - Um Processo em Construção

O psicopedagogo é um equilibrista. No fio tenso do encontro com o outro, asculta-lhe o pensar, transitando do cognitivo ao simbólico, e vice-versa, ininterruptamente. Sabemos, no entanto, que "O pensamento é um só, não pensamos por um lado inteligentemente e depois, como se girássemos o dial, pensamos simbolicamente. O pensamento é como uma trama na qual a inteligência seria o fio horizontal e o desejo o vertical. Ao mesmo tempo, acontecem a significação simbólica e a capacidade de organização lógica" (Fernández, 1991:67). Deste modo, melhor seria dizer que é a escuta do psicopedagogo que transita de uma dimensão a outra dessa trama. Compreender o sujeito do conhecimento, sem perder de vista sua singular totalidade, inteligência e desejo inextrincavelmente unidos, eis o nosso desafio.

É sobre esse equilíbrio móvel que discorreremos neste trabalho. Trata-se do relato do atendimento psicopedagógico de uma estudante universitária (Fênix) .

Inicialmente, exporemos nossa compreensão sobre o modo de pensar dessa estudante, privilegiando a dimensão lógica de seu pensamento, no início do atendimento; em seguida, discorreremos sobre alguns momentos significativos do processo de atendimento psicopedagógico clínico, ocasião em que fomos aprendendo a acompanhar os deslocamentos significantes do discurso de nossa paciente; por fim, explicitaremos nossas descobertas sobre a natureza do trabalho clínico em Psicopedagogia e a compreensão conquistada a respeito das dificuldades de aprendizagem da estudante em questão.

Antes, porém, alguns dados sobre o processo de passagem de Fênix para nossos cuidados.

Ao iniciar os atendimentos, utilizamos um procedimento facilitador dessa passagem: a "Identificação com a Roseira" . A estagiária pediu à Fênix que pensasse em si mesma como se fosse uma roseira e, em seguida, solicitou-lhe que se apresentasse como se fosse essa roseira, falando na primeira pessoa ("Eu sou uma roseira..."). Já nessa ocasião Fênix começou a trazer seus conflitos profissionais e pessoais. As primeira sessões, desencadeadas a partir do procedimento de "Identificação com a roseira", colocou-nos em contato com um discurso repetitivo, caótico, ciclônico (construído em torno de um eixo atordoante e rodopiante, como se fosse um ciclone). Caracterizemos melhor seu modo de pensar, na ocasião.

1. SUJEITO COGNITIVO

A despeito de seus 38 anos de idade e de seu nível de escolarização universitário, do ponto de vista cognitivo, Fênix apresenta um modo de pensar intuitivo - egocêntrico, centrado e irreversível - característico do período pré-operatório do desenvolvimento mental, de acordo com a teoria piagetiana.

O pensamento intuitivo é pré-lógico, baseia-se na percepção, não tem uma estrutura operatória - considera a imagem mental em toda sua concreticidade e depois a organiza mentalmente. Tudo se passa como se a imagem mental seguisse as leis que governam o objeto real, mas não pudesse formular conceitualmente tais leis, de forma lógica (Piaget, 2002).

Durante as sessões, Fênix narra fatos de forma descritiva, sem sintetizar, nem conceituar, com idéias justapostas. Ela não consegue apreender numa síntese interna única uma série de fatos; relata-os um a um, dentro de um modelo de raciocínio chamado transdução, baseado em relações analógicas, que se orientam de um particular para outro particular, justapondo os elementos, sem vinculá-los mediante necessidades lógicas ou causalidades físicas (Piaget, 2002).

Não organiza, não esquematiza, não dá nova organização aos fatos, ao narrá-los; tende a imprimir em sua mente uma sucessão de fatos da realidade, ou que julga reais, o que revela que seu pensamento funciona como ação e não como representação.

Seu discurso é repetitivo, marcado por uma grande quantidade de frases, justapostas, sem conexão, sem relação, alógica, confusa, sem organização clara, precisa e objetiva. Parece um monólogo que trava consigo mesma. Fala muito, parece que não quer ser interrompida. Em seu discurso predomina frases curtas, como "flashs".

O egocentrismo é outra característica marcante do pensamento de Fênix. Ela não parece sentir necessidade de justificar seus raciocínios, nem de buscar possíveis contradições em sua lógica. Além disso, freqüentemente refere-se a várias pessoas sem nomeá-las. Parece supor que o interlocutor é sabedor do que se passa em sua mente. Desconhecendo a orientação dos demais, o pensamento egocêntrico não sente necessidade de justificar seu ponto de vista para os outros, sendo assim, é incapaz de construir uma cadeia de raciocínio lógico. O realismo é um traço característico dessa forma de pensar infantil.

"O realismo é a conseqüência da assimilação do real ao eu. A criança (ou adulto, no caso) não distingue o que vem de si e o que vem do exterior. Egocêntrica, incapaz de sair de si, vivendo exclusivamente, pelas suas próprias sensações e representações, não pode, por falta de objetividade, situar-se em relação ao mundo. Confunde-se com ele. Tudo é sentido no mesmo plano, o da sua subjetividade. Apenas se coloca num ponto de vista, o seu. O pensamento é assim uma realidade tão real como qualquer outra percepção. Porque toda a percepção - incluindo a de origem externa - é interna para o sujeito que sente (Mauco, 1986).

Fênix mostra-se incapaz de se colocar no ponto de vista do outro, pois não pode sair de si mesma. Exemplificando melhor: na 6ªsessão, em meio a uma série de considerações, ela afirma: "eles acha (sic!) que não precisa colocar na carteira..." "Ele falou: -você é educadora". Quem falou? Quem acha? Impossível saber. Na 5ª sessão, comenta: "Já se passaram cinco meses e ela veio falar comigo". Aparentemente, Fênix não sente necessidade de nomear as pessoas as quais se refere, quando fala sobre elas; age como se o outro (o ouvinte) tivesse a mesma compreensão que ela própria sobre o assunto que está narrando. "Daí o abuso dos pronomes pessoais: isso, ele, ela, sem se saber a quem se referem" (Mauco:1986, p. 83).

Incapacidade de descentração: outra característica do pensamento pré-operatório apresentado por Fênix. É uma tendência a centrar a atenção num só traço mais saliente do objeto de seu raciocínio, em detrimento dos demais aspectos importantes, como nos informa Piaget (2001). Essa incapacidade de descentração fica clara no discurso de Fênix, ao observarmos como este se dá de forma circular, repetitiva, sem generalização. Fênix repete várias vezes os mesmos conteúdos, se concentrando numa ou noutra condição momentânea do que vinha dizendo, sem uma sucessão adequada de idéias, que possibilite a construção de uma totalidade lógica, coerente e integrada de discurso.

Irreversibilidade é outra característica do estágio pré-operatório que Fênix mostra nas sessões psicopedagógicas.

Segundo Piaget (2002), o pensamento reversível é uma organização "cognoscitiva", na qual o sujeito pode seguir uma série de raciocínios, uma série de transformações, e logo percorrer o caminho inverso. Muitas vezes Fênix começa a expor um assunto ou um raciocínio e, conforme vai desenvolvendo-o, acaba por se perder, indo para outro assunto, fugindo ao objetivo inicial da conversa. Não consegue voltar ao objetivo inicial, que acaba sendo esquecido por ela mesma. Exemplos disto: na 11ª sessão, ela diz: "Eu vim pensando, de repente, está acontecendo coisas legal na minha vida...".(sic!). A partir dessas colocações, perde-se num discurso confuso, sem clareza e organização lógica, sem capacidade de síntese. A proposição inicial "coisas legal" se dilui, fica para segundo plano, ela se mistura com seu próprio discurso, ou seja, "não sai do eu, que não pode separar-se dele. Permanece um pensamento subjetivo e alógico" (Mauco, 1986:85).

Uma característica importante do pensamento irreversível é que sendo ele lento, imóvel, não flexível e muito concreto, não faz mais do que repetir aspectos fixos, estáticos, particulares, da realidade. Era assim o discurso/pensamento de Fênix, no início e durante os primeiros meses do tratamento psicopedagógico, ocasião em que evitava entrar em contato com qualquer objeto de conhecimento que lhe era apresentado - textos, tarefas, atividades - . Foi preciso abrir espaço para a expressão desse discurso em sua dimensão dramática ou simbólica, como condição necessária à continuidade do tratamento. Foi preciso aprender com Fênix o que ela estava querendo dizer.

2. SUJEITO SIMBÓLICO, DRAMÁTICO OU DESEJANTE

Sou grande! Sou a melhor!

Fênix tem um sonho: quer ser professora. Já atua como tal, porém, nas tarefas que realiza e na instituição em que trabalha, assim não se reconhece. Quer ser reconhecida por seus colegas; quer reconhecer-se como profissional; mas não consegue. Para se sentir como os outros, isto é, para se sentir "superior" é preciso ter um diploma, pensa Fênix.

Considera-se "poderosa", a "melhor profissional do projeto" , a tal ponto que quer fazer o trabalho de seus colegas psicólogos e assistentes sociais. Tudo isto em busca do reconhecimento profissional.

Em seu discurso predomina elogios a si mesma, à sua forma de trabalhar, à sua habilidade para lidar com as crianças, para resolver os inúmeros problemas da instituição. No entanto, sente-se injustiçada, por não ser reconhecida como eles e por eles. Afirma: - "eles não são eficientes, só têm diploma".

Durante as sessões Fênix relata que encontrou a sua roseira podada, "só um toco" (refere-se a uma roseira que mora no jardim do lugar em que trabalha e que foi evocada na atividade de "Identificação com a roseira"). Seus conflitos se intensificam. Ela fala que é vista/se vê como cozinheira na instituição (é responsável pela "oficina de culinária", atividade pedagógica realizada com as crianças abrigadas) e que quer ser reconhecida como educadora. Seu discurso se mostra especialmente repetitivo, caótico, com muitos erros de concordância. Suas frases resumem-se a: "eu sou grande", "eu sou a melhor", "sem mim o projeto não vai pra frente..." Mas a dúvida se instala. Sou grande? Sou a melhor?

Fênix fala de seus colegas de trabalho como "Os Bam, bam, bans", "Os maiorais", mas parece não se dar conta de que é ela que os considera como superiores, e a si mesma como desvalorizada. Finalmente, após inúmeros assinalamentos da estagiária, reconhece: "É. Preciso me valorizar mais!".

Fênix começa a se perceber como aquela que fica na posição de coitadinha, aquela que precisa de piedade, numa posição infantil de quem não é capaz de ir a busca do que quer, mas de quem espera sempre pelo reconhecimento do outro, e que esse outro a tire desse lugar de não reconhecimento. Neste momento, cai a sua certeza de que é grande e poderosa, como imaginava antes.

Dá-se conta disso quando em uma das sessões diz que não vai pedir piedade a seus chefes para ter uma promoção (ser registrada como educadora ao invés de continuar como cozinheira), diz que eles deveriam reconhecê-la enquanto profissional, sem que ela precisasse "pedir piedade". Nesse momento, a estagiária aponta para o discurso de Fênix explicitando sua estranheza: "Por que pedir piedade e não solicitar ou reivindicar uma promoção?".

Assim Fênix começa a se questionar e a refletir: "Quem sou eu?" "Será que eu sou mesmo grande?" E as certezas de Fênix vão sendo cada vez mais abaladas. Bonito momento de contato consigo mesma! Fênix, emocionada, reconhece: "Eu me sinto pequena".

Não sou grande. Sou pequena!

Nas sessões seguintes, a estagiária propôs atividades a partir de textos que tratavam de profissões. Assim, através de leituras, exercícios, desenhos, Fênix começa a conhecer mais e melhor suas habilidades enquanto pedagoga e a poder pensar e valorizar sua função na instituição, colocando em prática, pela primeira vez, seus conhecimentos adquiridos na universidade. Começa a criar projetos, promover mudanças, criar novas regras, dentro de sua área de atuação. Passa a ser reconhecida como educadora e, depois de algum tempo, consegue uma promoção.

Agora, Fênix se pergunta e quer saber: "por que se sente pequena?" Este questionamento marca o começo de uma nova etapa do trabalho. Por que pequena?

Fênix passa a refletir sobre alguns desenhos construídos quando da comparação entre as profissões de pedagogo e psicólogo. Fez o desenho da capa de um livro, olhado de fora, e diz com estranhamento que seu desenho retrata um livro "ignorado, sem importância" e se recorda das palavras do pai, quando dizia que livro era "coisa do mal, imundice" (sic!).

A partir daí, começa a trazer a sua história familiar.

Lembra-se que era obrigada a ler pulando páginas, escondida, à noite, coberta por um lençol, para que seu pai não a visse lendo, pois, caso isso acontecesse, ele queimaria o livro, que normalmente era emprestado por amiguinhas.

Em uma das sessões que se seguiu, Fênix conta que sempre lia a história do "Patinho feio" para sua filha, e comenta que não entendia porque gostava tanto de ler essa história. A estagiária pergunta se ela já se sentiu como o patinho feio em algum momento de sua vida. Essa questão levou Fênix a se lembrar do momento que seu pai a tirou da escola, quando ela terminou a quarta série. Conta que via seus amiguinhos passando para ir à escola e que sentia que estava ficando para trás. Sentia que eles iam "ser alguém, e ela não". Sentiu-se, sim, como um patinho feio, teve medo de ser ninguém, por isso lutava tanto para ser alguém, não queria ser o patinho feio, não queria ser pequena.

No decorrer das sessões, Fênix explicita um desejo: gostaria de ler aqueles livros proibidos da infância; aqueles livros que lia pulando páginas, para terminá-los logo, antes de ser flagrada pelo pai. Agora não precisa mais ler escondido, pode ler o que quiser, não há ninguém para impedi-la, reconhece, aliviada.

Na semana seguinte, trouxemos um desses livros para a sessão. Emocionada, Fênix iniciou sua leitura.

Até então, os textos que havíamos fornecido a Fênix eram por ela transformados em pretexto para suas elaborações subjetivantes. Neste momento pensamos em verificar se Fênix conseguiria manter contato com o objeto de conhecimento, ou seja, se ela iria conseguir, através de uma leitura, escolhida por ela mesma, manter-se ligada ao conteúdo do livro, a ponto de conseguir compreender o texto.

Não sou a melhor, mas posso aprender!

A partir dessa leitura, tudo foi mudando aos poucos. De tensa, apavorada, Fênix passou a assumir uma postura descontraída, durante a leitura. Parou de posicionar o livro na frente do rosto, como se tentasse se esconder. Conseguiu se apropriar da história do romance, fazendo sínteses, relacionando os nomes dos personagens, buscando no dicionário palavras desconhecidas. A cada sessão Fênix se tornava mais segura e mais descontraída. Sua leitura foi ficando mais fluente e os exercícios de compreensão de texto efetuados com naturalidade, sem o terror demonstrado no início. Parecia que seu medo de ser avaliada ia aos poucos se dissipando. Algo importante aconteceu: aquelas letrinhas passaram a não ser mais causa de tensão, mas sim objeto de prazer.

Nas últimas sessões, Fênix conta sobre suas conquistas profissionais, diz que ganhou um troféu: foi escolhida como coordenadora de um outro projeto.

3. DESCOBERTAS E CONCLUSÕES:

A experiência clínica aqui relatada evidencia o quanto é importante escutar o sujeito da aprendizagem, deixá-lo trazer sua dramática, suas angústias, onde quer que elas se encarnem. Falando de seu contexto de trabalho, de seus conflitos e dramas materializados nos personagens atuais de sua história, Fênix conseguiu se remeter a um lugar desconhecido, onde pôde se encontrar consigo mesma. Naquele lugar do "eu sou pequena", de impotência/onipotente, sustentado por nossa escuta psicopedagógico-clínica, ela pôde se ver. Não importa o conteúdo trazido pelo paciente. Pode ser qualquer um. O que importa é não perdermos de vista o que orienta o atendimento psicopedagógico, ou seja, o enquadre adotado, instruído por um determinado referencial teórico.

Fênix cria um mundo-fantasia no qual é poderosa, grande, a melhor, mas também ali não se reconhece. Denuncia-se a cada palavra, resiste, tentando se iludir; apoia-se nessa imagem-engodo, que, no entanto, lhe força a caminhar.

A partir do momento que Fênix se reconhece no lugar do "eu sou pequena", apropriando-se de seu discurso, abre-se um espaço para elaboração de questões que possibilitam um movimento psíquico, uma mudança de lugar, que lhe permite reconhecer o engodo, a ilusão (sou grande) e tocar o real (inconsciente).

Ao se reconhecer "pequena", Fênix sofre, mas tem a oportunidade de escolher: continuar nesse lugar de pequena, de coitada, que espera a piedade do outro, mantendo a ilusão de onipotência, alimentando sentimento de raiva e inveja pelos outros, que conseguiram conquistar o que ela não pôde (o conhecimento, o diploma), ou sair desse lugar e lutar para ser o que deseja ser.

Fênix escolhe esta segunda alternativa. Inicia sua luta e todo esse movimento se reflete no campo da aprendizagem.

O pensamento intuitivo, característico do período pré-operatório de desenvolvimento mental, apresentado por Fênix no inicio do atendimento psicopedagógico, apresentou significativas mudanças. O seu discurso egocêntrico foi dando lugar a argumentações mais objetivas, mais elaboradas, em que é possível se notar a conquista da possibilidade de nomear objetos/pessoas referidas, a lidar com conceitos e não apenas com termos e a fazer uso do pensamento lógico.

Observamos essas modificações a partir das sessões em que Fênix começa a leitura do livro por ela escolhido. Passa a fazer síntese dos capítulos lidos, demonstrando capacidade de descentração e reversibilidade. Ao narrar um fato, passa a nomear os personagens ao invés de usar os pronomes: "ele(s), ela(s)" de forma egocêntrica, como fazia antes. Fênix consegue criar, elaborar hipóteses sobre o final do livro. Levanta questões e discute opções relativas ao desenrolar da trama do livro, justificando seu ponto de vista. Com isso podemos perceber o inicio da construção de um pensamento lógico e a apropriação de conceitos.

Ao deslocar-se de seu posicionamento narcísico, Fênix começa a se ver como é, e assim vai se dando oportunidade de mudar, abrindo um espaço para recuperar seu poder de se apropriar do conhecimento. Aos poucos, com sofrimento e alegrias, ela vai se movimentando e reaprendendo a ler, a falar, a escrever...a viver. E nós, agradecidas, vamos aprendendo a fazer Psicopedagogia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre:Artes Médicas Editora, 1991.

MAUCO, Georges. Educação da sensibilidade na criança: ensaio sobre a evolução da vida afectiva. Portugal: Moraes Editores, 1986.

PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. ed. revista, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

STEVENS, John O . Tornar-se presente - experimentos de crescimento em gestal-terapia. 6ª ed. São Paulo: Summus, 1977.''